segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Notícias da guerra na Ukraina - 15.09.2014
Radio Svoboda (Rádio Liberdade)

Aeroporto de Luhansk após bombardeio.


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De Dnipropetrovsk para tratamento na Lituânia enviaram 14 militares feridos no Donbass.

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"Zona franca no Donbass criará armadilha e "buraco negro", não um pré-requisito para prosperidade econômica". Disto está convencido um dos maiores especialistas em economia da Europa Oriental, colaborador científico do Instituto Internacional de Economia Peterson, de Washington, Anders Aslund, em entrevista à Rádio Liberdade.

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A ativista russa de direitos humanos Yelena Vasilyeva da cidade de Murmansk, que ultimamente  ocupa-se com dados sobre as vítimas russas na guerra contra Ukraina, declarou no domingo, que a quantidade de mortos, segundo últimos dados, ultrapassou três mil e quinhentos. Segundo ela trata-se apenas dos dados confirmados de diversas fontes. (Os russos têm melhores e mais armas que os ukrainianos, mas morrem mais - OK).
"Mães e esposas! Neste número pode estar seu filho ou marido. Chega de permanecer em silêncio!" - conclamou a ativista".

"Morreram pelas mentiras de Putin"
A inscrição no túmulo e nomes de cinco amigos mortos, afirmam nos meios de comunicação e redes sociais, fizeram soldados russos.

Em 15-16 de agosto, de Pskov - Rússia, para combater na Ukraina foram enviadas as primeiras mil pessoas. Voltaram caixões. Os soldados da divisão de Pskov que já lutaram na guerra da Chechênia e Georgia, agora se recusam à luta. 
Surgiu a informação que enviarão os recrutas.

Em 29 de agosto pretendiam enviar mais mil combatentes, mas não aconteceu. Talvez a divulgação sobre soldados russos mortos parou os planos imediatos sobre embarque forçado. 
A divisão foi incumbida formar a terceira brigada, isto é, três vezes mil. E aí surgiram problemas muito sérios. As pessoas se recusaram, elas não querem ser "bucha de canhão", ilegalmente são enviadas a outro país para condução das hostilidades. As famílias protestam.
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Túmulo do militar russo Oleksandr Osipov. Dele foi retirada a plaquinha com nome.
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O líder do partido oposicionista "Yabloko" (maçã), deputado Leo Shlosberh comentou que sabia sobre a participação dos paraquedistas de Pskov nos combates no Donbass. 
Leo Shlosberh observa que as atitudes em relação às leis, no exército russo - são extremamente baixas. 
"Nenhuma das pessoas que aprovam decisões políticas, não chora sobre os mortos. O número de vítimas não era, e não é, considerado. O objetivo militar deve ser atingido. Se o objetivo é assumir o controle de Donetsk, Luhansk, Mariupol e mais regiões, serão enviadas tantas forças quantas forem necessárias. Se parte dos soldados enviados morrer, enviarão mais. Ninguém que adota decisões políticas chorará pelos mortos. Para eles não existe tragédia pessoal, apenas geopolítica esquizofrênica"

Leo Shlosberh, no hospital.
Após publicação no jornal do artigo "A guerra registrará tudo", sobre os paraquedistas na Ukraina, em 29 de agosto, Leo Shlosberh foi atacado. Precisou tratamento hospitalar. Perto de sua câmara há dois guardas de plantão por ordem do governador. 
Depois deste ataque vieram jornalistas de fora, e já sofreram 9 ataques. Os jornalistas de Pskov decidiram que poderiam falar ou silenciar. Decidiram silenciar, diz o escritor Andrey Semenov.
(De acordo com as evidências União Soviética apenas mudou de nome - OK).

Os soldados russos, das "férias mortais" retornam em caixões.
Na TV estatal russa, pela primeira vez mostraram o funeral de um militar russo, que morreu no Donbass. No entanto, convencem, que lutar com o exército ukrainiano, ele foi por vontade própria, solicitando uma dispensa. Segundo dados ukrainianos, do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, o número de soldados russos que morreram no Donbass pode chegar a dois mil, somente até 25 de agosto. Não há dados precisos.
Circulam notícias que aos pais, que procuram saber mais notícias sobre o filho, desconhecidos telefonam e dizem: "Se vocês ficarem quietos, seu filho retornará em qualquer situação. Se querem saber a verdade rapidamente, é preciso pagar". As quantias exigidas vão de 5 a 10 mil dólares, diz Yelena Vasilyeva.

É o segundo "comboio humanitário" russo, entrando na Ukraina em 13 de setembro. O que levará da Ukraina desta vez?

Tradução: O. Kowaltschuk

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